sexta-feira, 10 de agosto de 2012

As greves num novo Brasil




Ao abrir uma das janelas do Partido da Imprensa Golpista (PIG) na internet, o G1, nessa quinta-feira (9), os leitores talvez tenham tido a sensação de estarem à beira de um caos. Na manchete do informativo digital da Globo, havia uma chamada de atenção para as greves em andamento no Brasil. Antes disso, minha mãe, que assim como boa parte dos brasileiros só se informa por meio dos veículos tradicionais, me questionou: Meu filho o que é isso? Olha essa quantidade de greve... Não tenha dúvida, os dois fatos são faces da mesma moeda.

Os tradicionais meios de informação se utilizam da greve das universidades públicas federais e de outros setores do serviço público para, sistematicamente, gerar essa sensação que minha mãe denunciou: a de que estamos diante de um colapso. Os indicadores sociais e econômicos do país não são o suficiente para interromper o desejo macabro dos proprietários dos meios de comunicação que, ao não reconhecerem a condição do Brasil, se torna anti-nacional e, ao atentarem contra o governo Dilma, se torna golpista. Por isso, PIG, como os norte-americanos escrevem porco, diria Paulo Henrique Amorim, autor da expressão.

Abordo aqui especificamente o quadro das universidades federais para contestar tal sanha golpista. Diferente das greves da década de 1990, em plena efervescência do neoliberalismo no governo de FHC, Arthur Virgilio Neto e companhia, que tanto os agentes do PIG sentem saudade, a greve dos professores e técnicos das instituições federais de ensino não é mecanismo para apontar o dedo na cara do governo e dizer que as universidades estão sucateadas. Agora há o seguinte diagnóstico: as universidades receberam grandes aportes de investimentos, cresceram, se reestruturaram e precisam de corpo técnico para dar conta desse crescimento. Além, claro, de um Plano de Cargos, Carreira e Salários cujas normas valorizem os servidores com o grau de importância que a educação tem para a nação.

O cenário, portanto, é de otimismo. Bem diferente do que o PIG acena. O povo já superou o modelo que eles próprios, disfarçadamente, pregavam para o país. A pauta de discussão dos grevistas não diz mais que as universidades passarão a cobrar mensalidades, porque quem as sucateou para incluí-las nos serviços passíveis da privatização foram reprovados pela população nas últimas três eleições presidenciais. O período Lula e o governo Dilma colocaram essas instituições em outro patamar. A pressão dos grevistas, inclusive, ajuda a colocar esse governo no trilho do aprofundamento das mudanças, que são freadas por conta da pressão que o mercado também faz sobre ele.

Isso o PIG não diz porque faz questão de não admitir. Porque é anti-nacional. Porque se pintando de verde e amarelo joga contra o Brasil!

4 comentários:

Cleide Gonçalves disse...

Prezado Anderson, solicito um e-mail de contato para envio de uma sugestão de pauta,sobre o Fórum Regional Ideias para o Brasil.Grata

Domicio Gamenha disse...

Graças a Deus nuca mais a ditadura.

Domicio Gamenha disse...

Vamos sempre se comunicar o meu email:domiciogamenha@yahoo.com.br

João Luiz Pereira Tavares disse...


agora 2016 terminando:

UM MOMENTO, APENAS UM!, SUI GENERIS. EIS:

Em 2016 houve fato fabuloso sim, apesar de Vanessa Grazziotin falar que não, dessa forma assim:

"O ano de 2016 é, sem dúvida, daqueles que dificilmente será esquecido. Ficará marcado na história pelos acontecimentos negativos ocorridos no Brasil e no mundo. Esse é o sentimento das pessoas", diz Grazziotin.

Mas, por outro lado, nem que seja apenas 1 fato positivo houve sim! É claro! Mesmo que seja, somente e só, um ato notável, de êxito. Extraordinário. Onde a sociedade se mostrou. Divino. Que ficará na história para sempre, para o início de um horizonte progressista do Brasil, na vida cultural, na artística, na esfera política, e na econômica. 
Que jamais será esquecido tal nascer dos anos a partir de  2016, apontando para frente. Ano em orientação à alta-cultura. Acontecimento esse verdadeiramente um marco histórico prodigioso. Tal ação acorrida em 2016 ocasionou o triunfo sobre a incompetência. Incrementando sim o Brasil em direção a modernidade, a reformas e mudanças positivas e progressistas. Enfim: admirável. 

Qual foi, afinal, essa ação sui-generis?

Tal fato luminoso foi o:

-- «Tchau querida!»
[O "Coração Valente", de João Santana"].

Eis aí um momento progressista, no ano de 2016. Sem PeTê.

Feliz 2017.