quinta-feira, 12 de julho de 2012

Arthur Neto e Amazonino: protagonistas da Privataria e outros “causos” em Manaus




A notícia de que o prefeito Amazonino Mendes (PDT) apoiará o candidato a Prefeitura de Manaus Arthur Virgílio Neto (PSDB) ganhou poucas ou nenhuma manchete nos jornalecos da cidade. Conhecedores do elevado índice de rejeição de Amazonino, os aliados midiáticos do tucano sabem que jogar confetes para isso pode não pegar tão bem assim no projeto de ressuscitar àquele do qual ficaram viúvos em 2010. Mas a proximidade entre ambos é maior do que se imagina, como podemos ver.

Arthur e Amazonino já tiveram juntos em andanças para lá de suspeitas na política nacional, com significativos reflexos na nossa cidade. Quando Virgilio contribuiu com o projeto de desmonte do Estado Nacional durante o governo FHC, o atual prefeito era governador do estado e seguiu na íntegra a cartilha que Arthur ajudou a escrever e implementar no país. O resultado desse processo são os serviços de água na mão dos franceses, o porto de Manaus nas mãos dos D’Carli e a telefonia também sob comando da iniciativa privada.

Abro um parágrafo para destacar duas questões centrais desse processo. 1) Após a publicação do livro “Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Junior, sabe-se que a onda de privatizações daquele período ocorreu por conta dos maiores atos de corrupção da história do Brasil. Além disso, pagos com dinheiro público por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Isso mesmo, pagamos para que o Brasil fosse entregue na mão de grupos ligados aos tucanos. 2) Como se sabe, nenhuma dessas empresas cumpriu os termos de contrato pactuados no ato da compra das empresas públicas. Não precisa ser erudito para entender que as empresas que assumiram os serviços básicos estão longe de cumprir os itens que versam sobre a universalização dos serviços que oferecem. Somente com o “Luz para Todos”, bancado pelo governo federal, muitas famílias deixaram a lamparina. Quanta a telefonia, não dá nem pra duvidar. Em Manaus, os serviços já são porcos, quanto mais nos municípios do interior do estado.

A gestão de Arthur e FHC no governo federal e Amazonino no governo do estado contam outras parcerias pouco honrosas, na opinião de muitos. Data desse período, a aprovação da Lei que tornou possível a reeleição de presidente, de governadores e de prefeitos. À época, FHC percebeu que seu interesse em permanecer mais 4 anos no exercício do mandato era semelhante a de todos os governadores e os envolveu numa campanha de “convencimento ($$)” de deputados federais e senadores para tornar isso possível. Durante a chamada Crise do Mensalão, em 2005, parlamentares da base do governo Lula resgataram esse capítulo da política nacional para contestar o questionamento da oposição, uma vez que eles tinham iniciado tal prática no país; e Amazonino foi citado nominalmente como um dos artífices desse processo.

Portanto, não é de se estranhar o alinhamento dos dois na eleição de 2012. Caso o compromisso do Partido da Imprensa Golpista (PIG) Baré fosse informar, de fato, a população toda já saberia disso.

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