terça-feira, 18 de outubro de 2011

Estudantes pressionam e vereadores exigem devolução do dinheiro arrecadado pelas empresas de transporte

Na manhã de hoje (18), representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE-AM), União dos Estudantes Secundaristas do Amazonas (UESAM) e União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES) estiveram na Câmara Municipal de Manaus (CMM) para cobrar uma ação dos vereadores pelo ressarcimento do excedente ganho pelas empresas do transporte coletivo no dia que operaram com tarifa de R$ 2,75.

Depois da pressão dos estudantes, uma comissão de vereadores ficou encarregada de ir ao Ministério Público Estadual (MPE) e dar vazão as exigências que lhes foram feitas. Na semana passada, as entidades estudantis entraram com uma representação no órgão e fizeram o apelo.

A discussão da planilha apresentada pelo executivo municipal para embasar o reajuste foi outra cobrança feita pelo movimento estudantil aos vereadores.

Confira a íntegra do documento que os estudantes apresentaram na CMM.


Toda luta pelo congelamento da tarifa do transporte coletivo e por mais qualidade no serviço


Vereadores,

As entidades do movimento estudantil que ora assinam esse documento exigem de todos que compõem a Câmara Municipal de Manaus um posicionamento mais firme sobre os abusos que o prefeito Amazonino Mendes comete contra o povo. Nos referimos ao aumento da tarifa do transporte coletivo e a maneira como ele trata o problema desse serviço.

Diariamente, milhares de pessoas são penalizadas pelo serviço precário que as empresas oferecem a nossa população. Ônibus velhos e numa quantidade insuficiente diante da demanda faz com que o ato de usar o transporte coletivo seja extremamente desconfortável. Isso levado em consideração também o longo tempo de espera para pegá-los e a enorme quantidade de pessoas dentro de cada um deles.

A cobrança que fazemos nessa oportunidade se dá em dois sentidos: o ressarcimento do valor a mais que as empresas arrecadaram no dia que operaram com a tarifa no valor de R$ 2,75 e a revisão da planilha apresentada na tentativa de justificar o aumento. A primeira, já formalizamos junto ao Ministério Público Estadual e pedimos que seja endossada por todos os vereadores a fim de que seja atendida. Já a segunda, exige um debate técnico e político maior e que precisa ser feito para que os dados apresentados pelo executivo municipal possam ser compreendidos. Duvidamos dos números apresentados nessa planilha e acreditamos que seja incompleta, já que só traz informações sobre os gastos das empresas e ignora sua arrecadação e, também, não apresenta itens que avalie a qualidade do serviço destinado ao usuário.

Destrinchar essa planilha é a chave para evitar os absurdos que o prefeito Amazonino insiste em potencializar contra o povo. E não vamos parar enquanto nossas reivindicações não forem atendidas, porque elas trazem o suor que cada um morador de Manaus derrame nos ônibus lotados e fétidos que utilizam diariamente. E mais do que isso, carregam a indignação de todo o nosso povo, que – esse sim – já não aguenta mais receber respostas que não vão ao encontro de suas necessidades. Ao contrário. Que só fazem aumentá-las.

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