sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Estudantes dão aula de cidadania na luta pela redução da tarifa do transporte coletivo



Acompanhei, ontem (13), a manifestação organizada pelas entidades do movimento estudantil – União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES), União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE-AM) e União dos Estudantes Secundaristas do Amazonas (UESAM) – contra o aumento da tarifa do transporte coletivo. Muita irreverência e combatividade por ali.

A concentração ocorreu na praça do Praça do Congresso.Devido à proximidade com o Instituto de Educação do Amazonas (IEA), situado bem em frente, dezenas de estudantes da escola saíram de suas salas para inverter o processo educacional e dar uma verdadeira aula de cidadania nas ruas. Junto com eles, estudantes de outras escolas do Centro da cidade, da Cidade Nova e de inúmeras universidades participaram da atividade.

Após uma hora concentrados com falações em carro de som, de 16h às 17h, os estudantes caminharam até o terminal de ônibus da avenida Constantino Nery (T1). No caminho, uma paralisação de 30 minutos no início da avenida Epaminondas, a fim de chamar a atenção da sociedade para o agravante do aumento da tarifa, justificada, segundo os estudantes, “por uma falsa renovação da frota de ônibus, maquiados por uma leve camada de tinta”.

A manifestação foi a terceira da semana. Desde segunda-feira (11), eles realizaram intervenções públicas em protesto contra o que consideram mais um absurdo do prefeito Amazonino Mendes. O saldo não poderia ser melhor: a justiça embargou o aumento e o povo continua a pagar R$ 2,25 nos ônibus.

Mais uma vitória do movimento estudantil a favor da sociedade. Conquista que vem por meio de uma série de atributos que os estudantes mostraram nas ruas: indignação por conta da injustiça social, alegria ao se reconhecerem à frente de um embate de todos, combatividade ao expressarem seus posicionamentos e politização para argumentar, de forma embasada, o motivo de estarem nas ruas e persuadir centenas de pessoas que ao longo da passeata fizeram questão de deixar um gesto de apoio. Houve, claro, àqueles mais preocupados com suas questões pessoais e reprovavam o que viam. Mas para cada um desses, pelo menos outros 50 deixavam aplausos e gestos de bom grado!

Parabenizo o movimento estidantil com as letras que cantava Mercedes Sosa:

“Que vivan los estudiantes,
Jardín de nuestra alegría,
Son aves que no se asustan
De animal ni policía...”

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