terça-feira, 15 de março de 2011

Internet como meio de proliferação de fins conservadores!

A internet e as ferramentas aqui disponibilizadas (blogs e redes sociais, por exemplo) foi se consolidando nos últimos anos como um grande instrumento para a diversificação de vozes na disfusão da informação e como novo instrumento de mobilização social. O Portal Vermelho,o site Carta Maior, Observatorio da Imprensa e as Revoltas no Oriente Médio ilustram isso. Porém, os setores que hegemonizam os meios de comunicação no Brasil também se inserem com eficiência aqui e periodicamente reinventam formas para expandirem-se na rede.

A recente notícia que divulga os super-salários pagos pela Câmara Municipal de Manaus (CMM) a quatro blogueiros chama atenção para um fenomeno que não é tão novo. Jornalistas com alguma tarimba no mercado, fruto de anos de dedicação, têm abandonado as redações e migrado para os blogs como forma de aumentar sua renda mensal, já que remuneração digna está longe de ser assegurada pelas empresas jornalística. Isso é legítimo. Nada contra.

O ponto a ser observado está no conteúdo propagado por esses blogueiros-jornalistas. Por ser meio de aumento de renda, os colegas ofertam-se a quem pode custeá-los.O que torna o conteúdo informacional em seus espaços virtuais uma repetição da formula liberal-conservadora disseminada na grande midia.

A principal novidade é a velocidade com que alguns personagens publicos deixam de ser tratados como viloes para se tornarem mocinhos e vice-versa. Algo que varia na proporcao em que novos acordos ($$) sao fechados.

Talvez seja por isso que, durante a disputa eleitoral, um certo blogueiro tenha dispensado um editorial para apresentar as qualidades do hoje derrotado Arthur Neto, sendo que semanas antes alertava para o avanco de Vanessa Grazziotin e ainda criticava os correligionarios do tucano que estavam o apunhalando nos comentarios e em outros sites.

Na prática, esses blogueiros apenas retiram a figura dos atravessadores (donos de emissoras de rádios e TVs) para tratarem diretamente com àqueles que historicamente financiam as grandes empresas. O conteúdo que produzem continua sendo tratado como nos locais onde eram empregados: relegado a segundo plano e modificado em funcao de quem banca!

P.S: releve alguns erros ortograficos. Meu teclado esta desconfigurado!

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