terça-feira, 17 de maio de 2011

A Frente pela Liberdade de Expressão e o papel da juventude

Reproduzo abaixo artigo que escrevi para o site da União da Juventude Socialista (UJS)nas vésperas da instalação da Frente Parlamentar que nasceu com o objetivo de pautar a democratização dos meios de comunicação no Congresso Nacional.


A luta pela democratização da comunicação deve ganhar mais força e um novo capítulo a partir deste mês de abril. Está marcado para a próxima terça-feira, dia 19, o ato de Lançamento da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão, evento que já ganhou bastante atenção dos movimentos sociais e que deve ser utilizado como ferramenta para reposicionar a atuação das forças populares e democráticas frente à causa.

A formação de uma ampla bancada no Congresso Nacional para provocar discussões da comunicação sob diretriz democratizante é um avanço no acúmulo de forças sociais e no grau de compreensão que os partidos de esquerda adquiriram sobre o tema. Cada vez mais, a pauta sai das páginas de resoluções congressuais e programas partidários para ganhar prioridade na ação política cotidiana.

A criação da Frente é a iniciativa de maior impacto desde a realização da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), em 2009. Isso porque nasce com o objetivo de reunir as representações populares presentes no Congresso para medir forças com a bancada financiada e orientada pelas empresas de comunicação. A partir dela, a luta de classes na questão fica mais evidente devido à composição do time que se construiu para pautar os anseios populares, que vai do PSOL ao PCdoB, reunindo PT, PDT e outros.

Outro ponto a se destacar, é o tiro desferido no pé da direita e de seus quadros midiáticos com a escolha do nome. Ao definir o título “Liberdade de Expressão” para a Frente que deverá reivindicar um novo marco regulatório para o setor, que exigirá o fim da propriedade cruzada nos meios de comunicação, entre outras pautas, o segmento popular se apropria de um termo utilizado pelos conservadores toda vez que as exigências democráticas entram em discussão. A diferença é que como forma de defesa eles bradam: “Isso é um atentado à liberdade de expressão”.

Conscientes da dimensão do fato, o Barão de Itararé e outras entidades que promovem a luta pela Reforma da Mídia fazem todo o esforço para mobilizar sua rede de militantes e dar ao ato um caráter de massa. Tanto como forma de acrescentar o importante lastro social à iniciativa institucional como também de retomar a efervescência vivida até a Confecom, que em menor proporção tem sido mantida com etapas estaduais e nacional dos Encontros de Blogueiros Progressistas.

E é aí que entra a juventude. Com todo seu potencial de mobilização, podemos dar outras importantes contribuições ao país. Agora, nessa trincheira. O próprio interesse dos militantes em debater o assunto nos credencia a isso. Nos últimos dois Congressos da UNE, no XV Congresso da UJS e na nossa última plenária nacional, dentre vários outros momentos, percebe-se um grande desejo dos militantes em responder os anseios da juventude contemporânea por meio dessa luta.

Precisamos nos organizar para isso. O momento histórico é o mais propício já vivido no país para dar voz a quem não tem, ações estratégicas, como o ato da próxima terça, estão sendo tomadas. Só cabe a nós nos apresentarmos e definirmos nossa posição em campo, porque o time já saiu da defesa e começa a contra-atacar.

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