Entre os dias 17 e 19 de junho, participei, em Brasília, do II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas. Em meio aos debates e à construção de novas amizades, conheci um pernambucano muito gente boa: Percival. Além de suas qualidades pessoais, é presidente da Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid) e conselheiro do Conselho Gestor de Internet (CGI).
Como militante da universalização da internet e privilegiado por circular entre as informações de última hora sobre o assunto, Percival caminha com frequencia no Ministério das Comunicações. Tem acesso do ministro aos zeladores. E num desses trânsitos, arrancou, sem querer, uma informação extremamente danosa para nós da capital do Amazonas.
Interessado em trazer seus serviços para o norte do Brasil, ouviu de uma figura do alto escalão do MiniCom que Manaus está fora da curva no que tange à internet. Para entender melhor: o ministério fez um traçado no mapa do Brasil e as cidades que estão dentro dele receberão prioridade na melhoria e na estruturação desse serviço. Já os demais, como nós, estamos ferrados. Essa que é a palavra.
Além dessa informação de bastidores, o ministério já deixou claro para todos o que meu camarada pernambucano ouviu sozinho. Na definição das 100 primeiras cidades que receberiam a apliacação do Plano Nacional de Banda Larga, Manaus ficou fora. A desculpa era de que não havia condições estruturais para a inclusão. Resolvida a pendência - quando o titular da pasta Paulo Bernardo esteve aqui para inaugurar o cabo de fibra ótica vindo da Venezuela -, continuamos do mesmo jeito.
Tudo isso só fundamenta a luta que iniciamos no estado com o I Encontro Estadual de Ativistas Digitais: lutar por internet de qualidade, universalizada e implementada em regime público. Ainda que a banda larga seja massificada, isso não significa que seremos conemplados. O governo pode optar por fazer isso apenas nos grandes centros consumidores e adjacências.
Seremos sub-sede da Copa 2014, a capital do nosso estado é o sexto maior PIB do país. Está na hora de lutarmos para recebermos tratamento que corresponda à relevância da região. Nossa bancada federal precisa arregaçar as mangas para isso, porque somente a senadora Vanessa Grazziotin não dará conta!
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