domingo, 26 de junho de 2011

Código Florestal e as ONG's internacionais

O relatório da CPI das ONG’s, de 2002, embasa uma afirmação que tem sido frequentemente usada durante o debate sobre a revisão do Código Florestal: a presença acentuada de Ong’s internacionais na Amazônia.


3.4.4 Preferência pela Amazônia

A Região Amazônica é especialmente sensível a todas essas contradições,
conflitos e dificuldades. Lá, a frágil presença do Estado torna ainda mais grave
a questão da falta de controle sobre as ONGs. Na Região Norte, como é
natural, é muito forte a ideologia desenvolvimentista, pelo descompasso que
há entre sua situação e a de regiões mais prósperas do País, e diante da
consciência dos enormes potenciais e riquezas que encerra a Amazônia. É
viva, também, na Região, a percepção de sua importância estratégica e das
questões que envolvem segurança e soberania nacionais.

Ora, as ONGs irrompem nesse caldo de cultura munidas de um arsenal
ideológico totalmente conflitante com as aspirações das populações locais.
As ONGs querem maximizar, não o desenvolvimento econômico-social
sustentável, mas as áreas de proteção indígenas e ambientais. Como filhas
ideológicas do pós-moderno dos países ricos, que implica o enfraquecimento
do Estado e das soberanias nacionais, são insensíveis ao sentimento
patriótico e trazem, mesmo, consigo, o germe das teses de
internacionalização da Amazônia Brasileira.

Acresça-se a esses fatores a especial preferência de ONGs estrangeiras em
atuarem na Amazônia e o fato de que é difícil, em seu caso, talvez ainda mais
do que no das ONGs brasileiras, a precisa identificação de seus reais
interesses e de suas fontes financiadoras.

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